Comerciantes trocam comida por segurança.

Comerciantes trocam comida por segurança

Qual é o preço que deve-se pagar para ter segurança? É o que se perguntam donos e funcionários de padarias, lanchonetes e restaurantes em Belo Horizonte. O Hoje em Dia constatou que fornecer cafezinho, lanche e até almoço a policiais militares pode fazer a diferença.
 
Em um restaurante no bairro São Gabriel, na região Nordeste, o dono admite oferecer refrigerantes, salgados e até almoço aos militares.
 
“Quero tê-los como amigos. Mesmo se eles quiserem pagar, eu não cobro, pois sei que eles irão garantir a minha segurança”, justificou o comerciante.
 
No bairro Santa Inês, Leste da capital, mesmo oferecendo “mimos” outro estabelecimento não conseguiu conter os assaltos. “Sempre liberava o lanche deles. No início era de dois a quatro homens. Com o passar do tempo, parecia que vinha um batalhão comer de graça, e mesmo assim eu sofria com os bandidos. Cortei todos os benefícios e não quero eles por perto”, revoltou-se o proprietário.
 
No bairro Serra, Centro-Sul de BH, o gerente de uma lanchonete e padaria adotou a permuta por lanches para conter os roubos. “É mais barato fornecer alimentos que sofrer com os roubos. Somente os militares que conhecemos ganham. De vez em quando, viaturas de outros batalhões param na porta e pedem o cafezinho, mas nesses casos não libero”, disse.
 
Na mesma região, dessa vez na avenida Bandeirantes, no bairro Mangabeiras, uma viatura estacionada sobre a calçada, na porta de uma padaria, garantia a segurança do local. Havia três militares dentro do comércio que, ao perceberem a aproximação da reportagem, saíram sem comer nada e foram até o carro do Hoje em Dia exigir explicações. O gerente do local disse que nunca foi assaltado e que a polícia sempre está por perto quando precisa. No entanto, se limitou a dizer que libera apenas o banheiro para os militares usarem. l
 
Padaria sofre 53 assaltos em quatro anos e meio
 
Quem se recusa a fazer permuta por segurança ou não tem nada a oferecer, como o proprietário de uma padaria, no bairro Serrano, na região da Pampulha, acaba refém da própria sorte. O empresário já foi vítima de 53 assaltos em quatro anos e meio de funcionamento – média superior a um roubo por mês.
 
Duílio César Vital, de 38 anos, é ex-metalúrgico e desde que abriu a padaria, na rua Herbert de Souza, vive cansado e revoltado. Ele afirma que nunca pagou ou ofereceu algo para policiais ou “suspeitos” em troca de tranquilidade.
 
“O policiamento é terrível, e fim de semana, por exemplo, não tem policial nenhum na rua e nenhuma companhia atende”, disse.
 
Só na semana passada, a padaria foi roubada três vezes.
 
Surpresa
 
O comandante do 34º Batalhão, tenente-coronel Wanderley Wilson Amaro, responsável pela região, se mostrou surpreso ao ser informado sobre o grande número de assaltos apenas nessa padaria. Mas informou que não há como reforçar o policiamento na região ou em qualquer outro bairro de BH. Segundo o oficial, o efetivo é um só e o que ele e outros comandantes podem fazer é “trabalhar os alvos”.
 
“O que posso fazer é orientar os policiais a identificar os autores dos crimes e suas rotinas, assim como prendê-los. Porém, o problema é sistêmico, um verdadeiro círculo vicioso, já que, os mesmos alvos são presos mais de uma vez. Parece que a polícia não está trabalhando, mas está, e muito. Eu creio é que a lei tinha que ser aplicada”, disse.
 
Fonte: Hoje em Dia

Polícia Civil guarda armas em condições precárias, diz Sindpol

O armamento utilizado pela Polícia Civil de todo o Estado estaria sendo guardado em um depósito improvisado e sem segurança, no bairro Gameleira, na região Oeste da capital. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol) ao comando da corporação no fim de 2010, mas, após o roubo de 45 armas da Central de Escoltas de Ribeirão das Neves, na região metropolitana, na última segunda-feira, agentes que trabalham no local voltaram a relatar a situação precária do depósito, que nos últimos anos não recebeu investimentos significativos.

Mais de mil fuzis e pistolas, centenas de granadas e contêineres de munição, além de dinamite e outros explosivos, estariam guardados no paiol na época da denúncia. O documento enviado à chefia da Polícia Civil (PC) ainda afirmou que o local tinha condições precárias de higiene e salubridade e risco de explosão. Em 2010, não havia sequer extintores de incêndio.

“Em razão desse problema sério que ocorreu (roubo de armas em Neves), policiais que fazem a guarda das armas da Polícia Civil nos procuraram. Eles têm medo de uma possível invasão”, afirmou o vice-presidente do Sindpol, Antônio Marcos Pereira. “Para a nossa surpresa, só foi feita a limpeza da área e a colocação de algumas câmeras. É um local frágil. A situação lá é preocupante e exige uma ação imediata por parte do governo do Estado”, complementou Pereira, que deve enviar um novo ofício ao comando da corporação.


Resposta. Em nota, a Polícia Civil afirmou ontem que as denúncias foram analisadas em 2010 e não condizem com a atual realidade do depósito. Segundo o texto, o imóvel abriga também o Centro Logístico da Superintendência de Investigações e Polícia Judiciária e “não oferece risco aos profissionais e, principalmente, à comunidade local”. O paiol não abrigaria apetrechos policiais, uma vez que o material é distribuído imediatamente para todo o Estado.


Flash

Governador. Antonio Anastasia comentou ontem o roubo de armas em Neves. Ele afirmou que a participação dos agentes não está descartada e que determinou prioridade máxima para o caso.


Novos coletes

Compra. Ontem, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) anunciou a compra de 3.700 coletes à prova de bala para agentes penitenciários. Foram entregues 406 ontem, e o restante virá até junho.

Fonte: O Tempo

Direção do SINDPOL/MG participa de importante Audiência na Comissão de Segurança Pública da ALMG na Serra do Cipó

Na manhã desta sexta-feira 28, a Diretoria do SINDPOL/MG esteve na cidade de Santana do Riacho, Serra do Cipó em Audiência Pública da Comissão de Segurança Pública da ALMG, para discutir e debater com a sociedade e lideranças locais o grave problema da insegurança pública e crescimento da violência na região.

Foi nessa localidade que a Polícia Civil apurou o brutal duplo homicídio do funcionário Alexandre Wernek e sua namorada. A carência e escassez das forças policiais e falta de infraestrutura é uma chaga que precisa ser curada para população ter mais paz e segurança.

É inconcebível que uma viatura tenha que se deslocar 130 km para registrar uma ocorrência em Santa Luzia reativar os plantões 24 hs em Lagoa Santa é emergencial.

Assassinato na Serra do Cipó traz insegurança aos moradores

Sindicato da polícia denuncia paiol de armas em condições precárias em BH

Após o roubo de 45 armas da Central de Escoltas de Ribeirão das Neves, nesta última segunda-feira (24), a reportagem do MGTV 1ª Edição teve acesso a uma denúncia do Sindicato da Polícia Civil de Minas Gerais, datada de 2010, que mostra um paiol de armas, munições e explosivos em instalações precárias e improvisadas em Belo Horizonte. O sindicato denuncia que, desde 2010, nenhuma atitude de segurança foi tomada pelo comando da Polícia Civil, e o local, na Gameleira, Região Oeste da capital, oferece risco para os agentes e para a população que mora no entorno, apesar do pedido de transferência para um local seguro.

De acordo com o sindicato, à época da denúncia, o local tinha mais de mil fuzis e pistolas, centenas de granadas e containers de munição, além de dinamite e outros explosivos. Este paiol, segundo o órgão, é o segundo maior do estado. No documento, consta que os agentes tinham que conviver com o risco iminente de explosão causado pelo armazenamento inadequado de explosivos, em um galpão com telhado de zinco e sem refrigeração adequada.

Segundo o vice-presidente do sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Antônio Marcos Pereira, a situação do local continua preocupante. “Nada foi mudado e nós estamos sendo incitados a semana toda por parte de policiais que pediram ao sindicato que denunciasse isso mais uma vez, que a chefia de polícia procure o governo, urgentemente, e que mude aquela estrutura de lá [paiol]", disse.

A situação era mais crítica por não haver, no local, a presença de extintores de incêndio. Também foram encaminhadas, ao chefe da Polícia Civil na ocasião, fotos tiradas do local à época da denuncia. O sindicato alegava que os servidores se submetiam às condições precárias de higiene e salubridade.

Agora, o sindicato diz que o paiol tem um armamento ainda maior, com menos agentes trabalhando no local, e a mesma estrutura sem segurança.

De acordo com Jeferson Botelho, superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil, o número de armas guardadas no paiol, em Belo Horizonte, é pequeno e elas são retiradas com frequência para uso dos agentes.

O superintendente garantiu que há segurança no local, tanto para os policiais em serviço, quanto para a comunidade da vizinhança. Ainda segundo ele, já foi aberta licitação para a construção de um prédio para transferência do depósito de armas. A obra deve começar no segundo semestre deste ano e a entrega está prevista para o ano que vem.

Fonte: G1

Reunião dos servidores Administrativos no SINDPOL/MG

Na manhã do último sábado 15, aconteceu na sede própria do SINDPOL/MG, a grande reunião com todos os servidores Administrativos da PCMG. O intuito da reunião é fortalecer a luta por valorização.

Dezenas de servidores se fizeram presentes e explanaram sobre os problemas que afetam diretamente os servidores Administrativos, bem como as medidas que devem ser tomadas para que a categoria possa ser valorizada da maneira que merece, tendo em vista os excelentes serviços prestados por todos os servidores Administrativos da PCMG.

 Durante a reunião também foi elaborada pelos companheiros uma pauta de reivindicações que será entregue ao Governo nas próximas semanas.  

Para alcance de nossos pleitos é necessário à mobilização, pois sem luta e organização não há conquistas.

Casa de agente penitenciário é atingida por tiros em Itajubá

Um homem de 21 anos foi preso suspeito de ter atirado contra a casa de um agente penitenciário em Itajubá, no Sul de Minas, na noite dessa quinta-feira (27).

De acordo com a Polícia Militar (PM), barulhos de disparos foram ouvidos no bairro Novo Horizonte. No local, a PM conversou com o agente penitenciário B.R.P., 43, que alegou que homens não identificados atiraram várias vezes contra a sua residência e fugiram em seguida. Os militares encontraram sete cartuchos de calibre .32 e .38.

Na mesma noite, durante patrulhamento pela rua Luiz Antônio Castelani, no mesmo bairro, a PM recebeu denúncias de que um dos suspeitos dos disparos seria R.M.S., 21. Com esta informação, os policiais foram atrás do rapaz, localizado em atitude suspeita.

Quando percebeu a presença dos policiais, o jovem fugiu, mas foi alcançado. Em uma busca, os militares encontraram em um bolso uma bala calibre .32 e R$ 30 em dinheiro. Além disso, ele teria tentado se livrar de quatro buchas de maconha.

Questionado, o suspeito disse possuir um revólver, alegando que a arma estava escondida embaixo de um tambor. No local indicado, foi encontrada uma garrucha .32 com uma bala do mesmo calibre e ainda um revólver calibre .38. O suspeito assumiu a propriedade da garrucha e indicou uma segunda pessoa como proprietária do revólver, que não foi localizado.

O jovem foi preso em flagrante e encaminhado para delegacia.

Outros casos

Um ônibus foi parcialmente incendiado e as casas do diretor de um presídio e de um agente penitenciário atacadas no início desse mês, em Itajubá, no Sul de Minas. A Polícia Civil já assumiu o caso, que a princípio parece se tratar de uma coincidência.

Conforme o delegado Pedro Bezerra, por volta das 22h30 dessa terça, três homens simulando estarem armados invadiram um ônibus no bairro Açude. O coletivo tinha acabado de chegar ao ponto final, quando o trio encapuzado chegou, exigindo que os passageiros descessem rapidamente. Eles jogaram gasolina e atearam fogo. Os suspeitos fugiram a pé. Os bombeiros foram chamados para combater as chamas que danificaram apenas parte do veículo.

"Nessa mesma noite, o portão da casa de um agente penitenciário foi atingido por seis disparos de arma de fogo. Um artefato caseiro inflamável, tipo um coquetel molotov, também foi jogado contra a casa", contou o delegado. Ainda segundo a polícia, o agente trabalha no presídio de Santa Rita de Sapucaí (a 40 km de distância), na mesma região.

Por volta de 1h30, o portão da casa de um dos diretores do presídio de Itajubá – coincidentemente – foi alvo de quatro disparos.

A câmera de segurança do ônibus foi danificada durante a ação, mesmo assim a Civil já solicitou as imagens à empresa. No entorno das residências atacadas, nenhum suspeito foi avistado, além de não haver câmeras nesses imóveis nem na vizinhança. Não houve feridos em nenhum dos atentados.

Um outro agente penitenciário de Itajubá sofreu um ataque no fim da noite do dia 11 de março. O homem foi seguido e bandidos atiraram contra a casa da namorada dele.

A vítima contou à Polícia Militar que estava na rua Adélia Mendonça, no bairro Rebrogion, quando percebeu que estava sendo seguido por quatro homens em duas motocicletas. Quando se aproximou do imóvel, o agente viu o garupeiro de um dos veículos descendo da moto e apontando a arma.

A vítima conseguiu correr para dentro da casa, mas ainda escutou três disparos. Um dos tiros acertou o muro da casa. Por sorte, ninguém ficou ferido. O agente não identificou os criminosos.  Ainda não é possível afirmar se o crime dessa terça tem ligação com os outros ataques da cidade.

No dia 6 do mesmo mês, em Poços de Caldas, a cerca de 160 quilômetros de Itajubá, a casa de um ex-agente penitenciário foi alvo de sete tiros. Na época, a polícia informou que a princípio o atentado não teria relação com os ataques ocorridos em Itajubá.

Fonte: O Tempo

Um dos agentes dopados durante assalto em Neves está desaparecido

Um dos nove agentes penitenciários dopados no episódio do roubo de armas na Central Integrada de Escoltas de Ribeirão das Neves, na Grande BH, está sumido há pelo menos três dias. Trata-se do servidor que preparou e serviu a salada de frutas aos colegas. Uma das possibilidades investigadas é que o alimento tenha sido adulterado para dopar a equipe que fazia a segurança do depósito de armas do Estado. A informação é de uma fonte ligada às forças de segurança do Estado.

Não há informações sobre o que teria acontecido com o agente. Questionada, a fonte policial não negou ou confirmou duas hipóteses para o desaparecimento: ele teria sido morto em uma suposta queima de arquivo ou fugido com medo. Conforme o Hoje em Dia mostrou na edição da última quinta-feira (27), os funcionários públicos, afastados das atividades por 30 dias, temem serem assassinados.

O suposto desaparecimento aumenta o temor entre eles. “Ouvimos o boato de que ele está sumido, mas não sabemos o que aconteceu”, comentou um dos colegas.

A reportagem tentou falar com o servidor supostamente desaparecido pelo celular dele, mas o aparelho estava desligado. No domingo, conforme um dos agentes, o agente contou ter perdido o chip do telefone. Segundo os companheiros, ele é brincalhão, mas não havia intimidade entre ele e os demais membros do grupo. “Não sei nada sobre o seu passado”, afirmou o informante.

LOCAL DESCONHECIDO

O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de MG, Adeílton de Souza Rocha, disse que não há informações oficiais sobre o suposto sumiço. “Tanto a Subsecretaria de Administração Penitenciária e a Polícia Civil disseram não terem sido comunicadas pela família sobre um possível desaparecimento. Ele pode ter se recolhido com os entes em um local desconhecido, até receber a notificação, por telegrama, de comparecimento à Corregedoria”, afirmou. Ele também tentou contato com o agente, sem sucesso.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social informou que, conforme a Polícia Civil, não houve registro do sumiço. Para que o caso seja investigado, a família deve formalizar o desaparecimento junto às autoridades. Como o inquérito está iniciando, os agentes, mesmo afastados, podem sair de sua localidade, como, por exemplo, fazer viagens.

O órgão também disse que a Subsecretaria de Administração Prisional reitera que desconhece ameaças aos agentes e informou que nenhum dos servidores solicitou qualquer tipo de proteção por parte da pasta.

Em entrevista ao Hoje em Dia, um dos agentes que estavam no último domingo na área onde são guardadas as armas contou que nem todos os colegas jantaram a ‘quentinha’ preparada na cozinha do Presídio Antônio Dutra Ladeira, ao lado do paiol. Porém, o grupo comeu uma salada de frutas preparada por um dos colegas. Ele garantiu que esse foi o único alimento comido em comum por todos os plantonistas. Uma fonte ligada aos agentes especulou na última quinta-feira (27) que a própria água poderia ter sido “batizada”.

Fonte: Hoje em Dia

Empresários pagam para ter a Polícia Militar por perto

Cansados de ser alvos de constantes assaltos, donos de postos de combustíveis em Belo Horizonte, região metropolitana e até no interior do Estado oferecem privilégios à Polícia Militar (PM) para tê-la por perto, “privatizando” a segurança pública em Minas Gerais. Na lista de regalias estão unidades de apoio montadas com mobília, computadores, internet, água, luz, ventiladores, telefone, TV e, em alguns casos, alimentação. Em troca: uma ou até duas viaturas com três a quatro militares no local para garantir a segurança.

Enquanto o Estado direciona o policiamento para a iniciativa privada, com o intuito de conter os roubos aos estabelecimentos, a população reclama do abandono dos Postos de Observação e Vigilância (POVs) nas ruas da cidade e da desativação de unidades policiais no interior dos bairros, aumentando a sensação de insegurança.

Na última quinta-feira (27), o Hoje em Dia percorreu ruas, avenidas, Anel Rodoviário e a BR-381 até Ravena, em Sabará, na Grande BH, e flagrou o apoio da PM aos empresários em vários postos de gasolina. Nos estabelecimentos onde não havia um imóvel fixo, uma viatura estava estacionada.

Na rua Niquelina, no bairro Santa Efigênia, Leste da capital, frentistas de um posto de combustível afirmaram que nem mesmo a presença da polícia lá inibiu os criminosos. “Antes, em média, eram três assaltos por semana. Nos últimos dois anos foram dez”, afirmou um deles.

A menos de 500 metros dali, na mesma rua, o gerente de outro posto contou que a unidade de apoio da PM de lá é utilizada para agilizar a confecção do Boletim de Ocorrência (BO), destacando que os policias não ficam parados no ponto.

No Anel Rodoviário e na BR-381, a situação é a mesma. Em um posto no bairro Capitão Eduardo, na região Nordeste, um funcionário disse que o ponto de apoio é utilizada há cinco anos por vários policiais que se deslocam para almoçar no restaurante ao lado do posto e registrar as ocorrências.

“Quero eles aqui todos os dias”, disse o trabalhador, afirmando arcar com todas as despesas do imóvel. “Pagar água, luz, internet e comprar computadores é mais barato que contratar três seguranças armados. Um vigilante equipado custa R$ 2.600 com os encargos. Fica mais barato manter os militares”, disse. Em outro estabelecimento, mesmo não havendo uma unidade fixa, uma viatura estacionada garantia a tranquilidade do local.

Enquanto os empresários comemoram a redução dos assaltos, os moradores do bairro Bom Destino, em Santa Luzia, afirmam que mesmo pagando o aluguel e cedendo toda a mobília à PM, a única unidade da região foi desativada. “Sem nos dizer nada, a polícia fechou a unidade. Hoje, a criminalidade tomou conta do bairro. Somente neste ano foram pelo menos cinco homicídios”, lamentou a presidente da Associação dos Moradores, Ednalda Estevão de Araújo.

Corporação promete acabar com a prática

O tenente-coronel Aberto Luiz Alves, chefe da assessoria de comunicação da PM, reconhece que o policiamento realizado nos postos de combustíveis não é o ideal e que pode gerar a sensação de uma polícia “privada” ao manter esses pontos de apoio fixos.

Ele anunciou, na última quinta-feira (27), a desativação de todos os pontos da PM instalados nestes estabelecimentos, no Estado, onde ficar caracterizado algum tipo de convênio entre a instituição e os empresários.

“O Estado está investindo em segurança pública e não podemos privilegiar os donos de estabelecimentos comerciais, deixando a população de lado”, afirmou ele, destacando que irá reavaliar o trabalho dos militares junto aos comércios e reforçar a fiscalização para coibir o desvio de conduta da polícia ao aceitar “mimos”.

Segundo ele, a polícia ao receber a informação que determinada região sofre com a ação de bandidos tem por obrigação aumentar as operações e garantir a segurança.

Para o professor Bráulio Figueiredo Alves da Silva, pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, qualquer tipo de policiamento fixo é ineficaz e não consegue obter resultados.

Os benefícios oferecidos à PM para manter um ponto de apoio nos postos, diz ele, garante a segurança apenas daquele local. “Essa postura é uma tentativa de privatizar a segurança pública. Daqui a pouco, outros estabelecimentos farão o mesmo. Deve haver um estudo sistemático sobre a criminalidade da região e criar mecanismos eficazes de respostas e políticas de prevenção para todos os setores”, destacou o professor.
 

Fonte: Hoje em Dia

Quase 60% dos brasileiros acreditam que estupros são culpa da mulher

Segundo o estudo realizado por meio do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta quinta-feira (27), 58% dos brasileiros acreditam que “se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. Com ideia semelhante, 65,1% concordam total ou parcialmente que as mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, o fato de a maioria dos brasileiros, inclusive mulheres, pensarem assim em 2014 é espantoso. “Essa inversão de jogo, no qual a vítima é culpada pelo assédio ou estupro, acontecia muito na década de 1970, quando o delegado falava com a mulher que a culpa era dela por usar uma saia tão curta. Isso tem que ser mudado, é assustador que as pessoas ainda pensem assim”, disse.

A pesquisa mostra, ainda, que quase 64% dos brasileiros concordam com a ideia de que “os homens devem ser a cabeça do lar”. Apesar disso, o número de mulheres que chefiam a família e são responsáveis por toda a renda mensal vem crescendo a cada ano. Enquanto as mulheres nesta posição, em 1995, representavam 22,9%, em 2012, esse número passou para 38,1%. Já a renda familiar oriunda das mulheres passou de 37,9% em 1995 para 46% em 2012. O estudo aponta que, mesmo assim, a estrutura familiar no Brasil ainda é patriarcal.

De acordo com a pesquisa, 63% do entrevistados concordaram que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. Outros 89% afirmaram que “roupa suja deve ser lavada em casa”, e 82% que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. As regiões onde os entrevistados menos concordam com a ideia de culpar o comportamento feminino pela violência sexual foram a Sul e a Sudeste. Por outro lado, foi constatado que essa ideia é 1,5 vez maior na comunidade evangélica e 1,4 vez maior entre os católicos.

Além disso, a maioria dos brasileiros acredita que “toda mulher sonha em se casar”. Quase 60% deles concorda totalmente com essa afirmativa, e 27,8% concorda parcialmente. Essa ideia, segundo o estudo, bate novamente no senso comum de que a mulher só pode encontrar a realização completa quando em uma relação estável com um homem ou, ainda, que depende de um companheiro que a sustente.

Já sobre a materialização da mulher, 54,9% dos entrevistados levam a sério o jargão de que “existe mulher para casar e mulher para levar para a cama”.

Ainda segundo Pereira, esse tipo de pensamento machista pode prejudicar os direitos básicos dos cidadãos. “A grande evolução do feminismo foi tornar a mulher um sujeito de direitos e a reconhecer também como um sujeito de desejos, igual ao homem. Quando você subjuga a mulher, como ocorreu na história da dominação entre homem e mulher, você está retirando dela o lugar de sujeito e criando uma inferiorização”, disse.

No entanto, em meio a tantos dados que traduzem o machismo dos brasileiros, alguns se mostraram positivos, como o fato de 54% dos brasileiros discordarem que a mulher casada tem a obrigação de satisfazer o marido na cama, mesmo sem vontade. Apesar de relativamente baixo, o número ainda representa a opinião de mais da metade dos entrevistados.

Além disso, 73% dos entrevistados discordaram da afirmação de que “a questão da violência contra a mulher recebe mais importância do que merece”.

Aval para a homofobia

O modelo de estrutura patriarcal e machista, ainda segundo o estudo, pressupõe a supremacia masculina e se concentra em um modelo androcêntrico e heteronormativo, colocando o homem como referência em todos os espaços sociais. Neste modelo, a rejeição à homossexualidade é esperada. Mais da metade, cerca de 52% dos entrevistados, concorda que “o casamento de homem com homem ou de mulher com mulher deve ser proibido”.

Além disso, 59,2% dos entrevistados se sentem incomodados ao ver pessoas do mesmo sexo se beijando, e 46,2% discorda total ou parcialmente de que pessoas do mesmo sexo podem viver um amor tão bonito quando o de um casal heterossexual. Neste caso, os dados foram diretamente influenciados pela idade e religião dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, os católicos se mostraram intolerantes em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e os evangélicos se sobressaíram como o grupo mais intolerante à homossexualidade. Já os jovens formam o grupo mais tolerante, enquanto os idosos são os mais intolerantes.

De acordo com o presidente do Ibdfam Rodrigo Pereira, os dados mostram a necessidade de uma mudança no âmbito do direito para proteger as novas estruturas familiares que vêm sendo formadas. “Aqui que entra a importância do direito de família para trazer essas inovações ao traduzir uma nova realidade. Na medida em que o judiciário e o legislativo vem absorvendo essas novas estruturas familiares, como os casais homoafetivos, isso vai se instalando na sociedade. É um processo histórico lento mas, sendo otimista, ao olhar para trás, notamos que muita coisa já melhorou. O que não significa que ainda temos muito o que evoluir”.

Fonte: O Tempo

Servidores alegam não ter segurança com decisão do STF

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a Lei Complementar 100 de 2007 é inconstitucional gerou um clima de insegurança entre os servidores da educação. Segundo o sindicato da categoria e os próprios atingidos pela lei aprovada há sete anos ouvidos ontem por O TEMPO, o governo do Estado havia dado a garantia de que seus cargos estavam resguardados.

A professora de design de ambientes da Universidade do Estado de Minas (Uemg) Samantha Moreira atuava como designada da educação desde 2003 e, em 2007, foi beneficiada pela aprovação da Lei 100. Ela conta que a notícia pegou todo mundo de surpresa ontem, gerando um clima de tensão. “Eu acho necessário fazer concurso, mas a falta de informação incomoda. Ontem, demos aula normalmente, mas não sabemos o que vai acontecer. Temos a impressão de que estamos desamparados. O clima está muito ruim”, conta.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores da Uemg, Nelson Luiz Ribeiro, 80% do corpo docente da universidade, o que representa cerca de 1.200 professores, será afetado pela decisão do Supremo. “Estamos com uma mão na frente e outra atrás. Como o governo vai fazer com os muitos profissionais que deixaram outros empregos por causa da Lei 100? Eles agora estão sem estabilidade nenhuma”, afirma Ribeiro, que questiona o fato de o governo ter realizado concursos públicos para professores de ensino superior somente em cidades-polo do Estado.

Para a professora de ciências Idalina Franco, aposentada após atuar por 25 anos na educação estadual, a preocupação é com os seus quinquênios e biênios acumulados. “O governo prometeu antes da eleição que os efetivados poderiam ficar tranquilos. Agora quero saber como vai ficar essa minha aposentadoria”, questionou. Apesar de ser aposentada, Idalina continua na ativa, mas lecionando em outro cargo. “Os professores enfrentam um caos nas escolas com a falta de segurança. Despendi mais de 20 anos na minha vida nessa situação deprimente e agora fiquei sem nenhuma garantia.”

Fonte: O Tempo

A situação de Idalina é parecida com a da professora de educação física Umbelina da Conceição Rodrigues. Também aposentada, sua maior preocupação é com a questão previdenciária. A educadora diz que sempre acompanhou o andamento do caso na Justiça e que chegou a fazer o concurso público aberto pelo Estado em 2011, mas não foi aprovada. “Não fiquei surpresa com a decisão do STF porque sempre acompanhei a situação. Esse foi um dos motivos pelos quais tentei o concurso”, explica.

Fonte: O Tempo

Dono da madeireira Macal e mais quatro são indiciados por homicídio

O dono da madeireira Macal, Luís Antônio Caus, 52, e mais quatro homens foram indiciados, quase três anos depois, por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa de André Elias Ferreira, 40, assassinado em junho de 2011, com três tiros na BR-381, em Itatiaiuçu, na região Central de Minas Gerais.

“A investigação foi complexa e por isso demorou, devido a falta de provas sobre o mandante e os envolvidos. Mas agora a motivação e o crime já foram confirmados”, explicou o delegado Frederico Abelha da Delegacia de Polícia Civil de Homicídios do Barreiro.

De acordo com as investigações, a motivação para o homicídio foi uma disputa por patrimônio familiar. Ferreira era casado com a irmã de Caus, que o ajudava a manter a madeireira, na avenida Nossa Senhora do Carmo, que funcionava em um dos muitos imóveis da família. Ferreira chegou a trabalhar no local, mas depois de envolver com a dona mudou de emprego. Mesmo assim, conhecia bem o serviço e a movimentação financeira do local e percebeu que Caus estava desviando dinheiro. Ferreira começou então a alertar o sogro e a mulher.

O sogro, que já tinha passado toda a administração da madeireira para os filhos, resolveu cobrar mais caro o aluguel do imóvel, que antes era um preço irrisório. Para o crime ser planejado, o estopim para Caus foi o pai pegar o imóvel de volta, acabando com a madeireira. Quando o local foi colocado para aluguel, na placa pregada na frente do espaço constava o telefone de Ferreira para contato.

A raiva de Caus era tanta que ele resolveu contratar alguém para “dar um susto” no cunhado. Caus, então, entrou em contato com um amigo de São João del-Rei, Ivens José Lombardi, 54, e pediu ajuda. Lombardi, por sua vez, conversou com João Alves Moreira Neto, 56, porque sabia que ele conhecia quem poderia fazer o serviço. Neto sabia que Jeremias Eufrânio da Silva, 24, fazia este tipo de trabalho e falou com ele, que aceitou por R$ 10 mil.

Silva teria ido a Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde morava Ferreira, e ao constatar que se tratava de um condomínio fechado, no bairro Jardim Canadá, com câmeras de segurança, percebeu que não seria fácil matar o homem e pediu mais dinheiro para fazer o trabalho. A oferta subiu para R$ 20 mil e ele aceitou, mas convidou Pedro Carlos de Freitas Ferreira Alves, 37, para ajudá-lo.

Na data do crime (23 de junho), era um feriado e Ferreira iria viajar com a mulher e o filho de 4 anos para o Sul de Minas. Sabendo desse planejamento, Silva e Alves saíram de São João del-Rei de madrugada e chagaram em Nova Lima às 4 horas da manhã. A dupla ficou de campana em frente à casa de Ferreira. Quando ele saiu de carro com a família, foi seguido.

Em dado momento da viagem, Ferreira parou para que a família pudesse fazer um lanche no caminho. Estavam na BR-381, próximo a cidade de Itatiaiuçu. Depois de se alimentarem, a mulher de Ferreira entrou no banco do carona e ele foi colocar o filho no banco de trás. Foi aí que ouviu alguém chamá-lo pelo nome. Quando se virou, foi atingido por três tiros, sendo dois na cabeça e um no peito.

Depois do crime, a dupla voltou para São João del-Rei e lá dividiram os R$ 20 mil. No dia seguinte, Neto também recebeu R$ 5.000. Apenas Lombardi participou “por amizade” e não cobrou nada.

A polícia diz ainda não ter certeza de quem atirou, ainda mais porque os depoiemntos dos suspeitos divergem. Contudo, todos eles se colocam no crime em algum momento. Apenas Alves ainda não foi preso. Os outros quatro foram detidos nos dias 54 e cinco de fevereiro deste ano. Caus foi detido em casa, no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A polícia chegou nos suspeitos por meio do mandante Caus. Desde o crime, a mulher de Ferreira acusava o irmão de envolvimento. Partindo daí, a polícia conseguiu acesso à movimentação financeira dele e a quebra do sigilo telefônico. Inclusive, no dia do crime, tinha registro de ligação entre ele e Lombardi.

As investigações vão continuar, porque a polícia acredita que mais pessoas possam estar envolvidas neste assassinato.

Fonte: O Tempo

Núcleo duro deve permanecer

Apesar da carta branca dada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) ao substituto Alberto Pinto Coelho (PP), com a exoneração de todo o primeiro escalão do governo na próxima semana, o comando de algumas secretarias deverá passar para nomes considerados técnicos. Segundo lideranças tucanas em Minas, as alterações programadas pelo futuro governador já para a semana que vem vão ocorrer principalmente nas pastas hoje administradas por aqueles gestores indicados por partidos aliados. Nas demais, como Fazenda, Planejamento e Casa Civil, os atuais secretários serão reconduzidos por Pinto Coelho.

Em pelo menos sete secretarias as alterações estão confirmadas. Em todas elas, os atuais comandantes terão que deixar o cargo para se lançarem novamente à Câmara dos Deputados ou à Assembleia Legislativa. Com as vagas em aberto, os partidos deram início às negociações por mais espaços na administração estadual, o que vai impactar de forma direta a aliança em torno do pré-candidato tucano Pimenta da Veiga em outubro: quanto mais espaço for dado às legendas, maior a chance de confirmação do apoio nas urnas.

Alberto Pinto Coelho já iniciou as negociações com os partidos. Até o momento, a pasta mais visada é a Saúde. Com a saída do secretário Alexandre Silveira (PSD), o PPS já demonstrou interesse em voltar a comandar a área no Estado. “Queremos o espaço que tínhamos antes”, explica a presidente estadual do PPS, deputada Luzia Ferreira. Se depender do PSD, porém, a briga vai ser boa. “Temos total condições se seguir no comando da saúde. Mas nunca fizemos imposições”, garante Silveira. Atualmente, o PSD também está na Secretaria de Trabalho, espaço que pretende seguir gerindo mesmo com a saída de Cássio Soares.

Outra pasta muito cortejada, a de Obras, não deverá ser usada como moeda de troca eleitoral. Com a saída de Carlos Melles (DEM), o indicativo é de que um nome técnico passe a ser responsável pela secretaria. “Ele (Alberto) está conversando com os partidos, mas a tendência é que sejam mudanças pontuais. Na Saúde a troca será por alguém de continuidade. E na Obras, alguém que hoje já é adjunto”, explica o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana.

Uma substituição que já tem nome certo é na Agricultura. “Está acertado que será o hoje subsecretário André Merlo”, diz o presidente do PDT, Mário Heringer, que se reuniu com Anastasia e Alberto para fechar a negociação. Uma das poucas alterações em nomes do staff do governo deve ocorrer na Secretaria Extraordinária para Coordenação de Investimentos. Ontem, um integrante do governo confirmou que Fuad Noman deve realmente deixar o cargo.

De saída

Abril. A exoneração de todo o secretariado foi anunciada por Anastasia no mesmo dia em que o tucano anunciou que deixaria o governo para, inicialmente, coordenar a campanha de Aécio Neves.

Fonte: O tempo

Efetivação de 96 mil servidores é considerada ilegal pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, por unanimidade, que a Lei Complementar 100, que efetivou, em 2007, cerca de 96 mil servidores do Estado sem concurso público, é inconstitucional. Com o julgamento, os profissionais atingidos deverão ser substituídos por outros aprovados em seleção. Ainda não há previsão de quando será publicada a sentença.

A exceção são os profissionais aposentados, os pensionistas e aqueles que até a data da publicação da decisão tenham alcançado os pré-requisitos para a aposentadoria. Os servidores aprovados em concurso público após sua efetivação, em 2007, também estão resguardados.
Ficou definido ainda, que o Estado terá 12 meses para ocupar os cargos em que não houver concurso público em andamento. Já nas situações em que há concorrência em curso, a mudança deve ser imediata. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) analisada ontem pelos ministros do Supremo foi proposta pela Procuradoria Geral da República. A ação ganhou força após a Corte ter declarado inconstitucional uma lei do Acre, semelhante à de Minas, que atingiu 11 mil servidores.
Pelas contas do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE de Minas), cerca de 90 mil das pessoas atingidas pelo julgamento do STF são da área da Educação. O número, porém, não foi confirmado pelo governo.

Em nota, a assessoria de comunicação do governo informou apenas que dos 96 mil servidores atingidos pela Lei Complementar 100, cerca de 16 mil já estão aposentados ou em processo de aposentadoria. Além disso, aproximadamente 11 mil efetivados em 2007 foram aprovados no ultimo concurso público da secretaria de Estado da Educação.

O Executivo informou também que para dar continuidade ao serviço público, os servidores que não passaram em nenhuma seleção e que não se enquadram nas exceções definidas pelo STF poderão ser designados temporariamente, passando à condição de contribuintes do INSS.

O governo não esclareceu se irá recorrer da decisão do STF, por meio dos chamados embargos de declaração.

Revolta. Questionada sobre a futura situação dos servidores da educação atingidos com a decisão, a coordenadora geral do Sind-UTE de Minas, Beatriz Cerqueira, disse que o sindicato não pode responder à pergunta. “Essa questão tem que ser feita ao governador Anastasia e ao ex-governador Aécio Neves. Eles são os responsáveis por criar uma situação de fragilidade para quase 100 mil pessoas. Os dois sempre souberam que já havia no Supremo outras situações de vinculo sem concurso sendo questionadas”, afirmou. “Eles foram desleais e nunca se preocuparam em encontrar alternativas”.

Cerca de 57 mil servidores voltarão à posição de designados

Fonte: O tempo

Departamento Jurídico do SINDPOL/MG sinônimo de responsabilidade e dedicação

O Departamento Jurídico do SINDPOL/MG recebeu os elogios e congratulações do Investigador de Polícia Elton José Coelho de Oliveira:

Veja o e-mail enviado ao Departamento Jurídico do Sindicato