Mais um agente penitenciário é assassinado em razão da sua condição de operador de segurança

Mais um agente penitenciário é assassinado em razão da sua condição de operador de segurança: Direção do Sindpol/MG denuncia e intensifica a cobrança, junto ao governo e autoridades, por mais segurança para os operadores

Mais um agente penitenciário foi assassinado, ontem (16/07), por bandidos de forma covarde e brutal, Edson Ferreira da Silva, trabalhava na Penitenciária Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, e não teve como se defender do ataque. Somente esse ano tivemos a baixa de pelo menos quatro agentes penitenciários, três policiais militares, um bombeiro e um policial civil. Na semana passada o Policial Militar Charles Coelho de Souza Júnior foi assassinado; no dia 31 de julho a agente penitenciária Vivian Cristina Medeiros Gonçalves foi brutalmente assassinada em Uberaba, por bandidos, próximo da Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira, em razão de sua função, de todos esses casos até hoje não se chegou aos autores desses crimes. 

Após aprovação da Lei 13.142/2015 que trata como crime hediondo o assassinato de policiais, operadores da Segurança Pública e seus familiares, o número de homicídios veio a se intensificar sensivelmente, alarmando as entidades de representação classista de policiais e operadores de segurança, bem como as autoridades do macro sistema. Medidas que visem minimizar o grau de exposição e vulnerabilidade dos operadores e de seus familiares devem ser colocadas em prática com a maior urgência possível, no caso dos Agentes Penitenciários essa exposição e vulnerabilidade é ainda maior, pois o Estado ainda se omite na regulamentação definitiva do porte irrestrito e livre de armas para esses operadores, restringindo apenas ao seu local e horário de trabalho.

A direção do Sindpol/MG está oficiando a Secretaria de Estado de Defesa Social, no sentido de se convocar força tarefa para apuração rápida e enérgica de mais esse crime, e também as comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos, no sentido de se realizar audiências públicas para a tratativa dessa matéria, pois não podemos deixar que se banalize a morte de nossos policias, agentes penitenciários e demais operadores de segurança.