Mesmo com toda mobilização do serviço público, o PLC/257 é aprovado com emendas na madrugada de ontem

10 de agosto de 2016
O presidente do Sindpol/MG Antônio Marcos Pereira, Deputado Federal Weliton Prado e o presidente da Cobrapol Janio Gandra, em Brasília/DF

Na avaliação do presidente do Sindpol/MG Antônio Marcos Pereira, que juntamente com a diretora de assuntos da mulher Margareth Dionísia, que acompanhou e participou de todo o movimento de pressão pela não aprovação da matéria, mesmo com estas emendas no substitutivo do deputado Esperidião Amin do PP/SC, o projeto ainda é nocivo aos interesses do funcionalismo, que precariza e extingue direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora. Fruto de muita luta e trabalho dos servidores e de seus sindicatos.

É necessário considerar que, mesmo com pequenas alterações, estas mudanças só ocorreram em razão da pressão exercida pelos sindicalistas e lideranças em cima dos parlamentares. É importante destacar que, não está afastada a possibilidade de uma reação mais dura por parte dos servidores e dos seguimentos mais progressistas da sociedade, inclusive com a paralisação geral de todos os serviços públicos, ainda neste período das Olimpíadas, pois, esta iniciativa do Governo Federal, veio como um “soco na boca do estômago” da classe trabalhadora.

É importante frisar que um projeto tão ruim quanto ou pior que o PLC/257 para os servidores públicos, é a PEC/241, que altera todo o regime previdenciário e estabelece limite de idade de 65 anos para todos os servidores, que no caso dos policiais (civis, militares, federais, rodoviários e outros), que gozam do benefício da aposentaria diferenciada, implicaria em pelo menos mais quinze ou vinte anos de trabalho. Esta PEC também é mais um golpe nos trabalhadores, que não tem culpa da má gestão dos governantes na condução de nosso país, e por conseguinte dos Estados e Municípios.

A direção do Sindpol/MG conclama toda a base por ele representada e também a todo o conjunto do funcionalismo público, a acompanharem de perto e se mobilizarem contra este ato de traição e ataque do Congresso Nacional aos direitos dos servidores. Ou lutamos agora ou vamos ser extintos amanhã. Se estas matérias forem aprovadas, elas têm o único objetivo de beneficiar gestores perdulários e incompetentes, que não zelam pelo erário, descapitalizando o Estado e prejudicando o serviço público, todo conjunto das lutas e direitos adquiridos aqui no Estado e as demais matérias pelas quais ainda estamos lutando, perdem suas finidades e a essência de existirem, pois, estaremos vedados de impactar qualquer tipo reajuste de adequação, garantias ou gratificações no futuro próximo. Por isso, não podemos permitir.

Esse três dias que passamos em articulação intensa em Brasília, serviu para percebermos, as dificuldades e desafios que teremos pela frente, um governo conservador, articulado, gastador e frio, insensível com a dor e sofrimento daqueles que carregam a administração pública nas costas. Portanto, em conjunto às nossas confederações, centrais e movimentos sindicais, devemos nos manter mobilizados para uma reação direta em Brasília e aqui no Estado. O pano de fundo usado pelo governo é a crise econômica e política, que sangra a mais de dois anos, paralisando a nossa nação; a cortina de fumaça é o processo da presidenta afastada, a operação lava jato e agora as Olimpíadas, diante de uma cumplicidade midiática dos meios de comunicação e da grande mídia, que falseia números e esconde desvios.

A votação, na calada da madrugada, de uma pauta criada da noite pro dia, é um exemplo da conduta adotada por aqueles que dizem ser nossos representantes, o que em sua grande maioria não representa ninguém, além deles mesmos e dos próprios interesses, que mudam de acordo com a conveniência e com o preço de quem paga mais. Por isso, somente com nossa mobilização chegado a quase ruptura institucional, é que seremos capazes de alterar este jogo sórdido e viciado.  Todas as inúmeras vezes que estivemos em Brasília, desses treze anos de militância sindical, esta foi a mobilização que mais nos deixou indignados, e essa atual composição do Congresso é mais indiferente, perversa e nociva aos interesses da classe trabalhadora, dos movimentos sindicais e da defesa do servidor público. Basta perceber o placar das votações e configuração dos debates. Realmente temos muitos desafios pela frente.

Caravanas:

Na próxima semana, iremos montar mais uma caravana de Minas Gerais para o Distrito Federal, e esperamos poder contar com a participação de alguns colegas para defenderem a nossa profissão, salário e direitos. Aqueles que estiverem dispostos, favor entrar em contato com o Sindpol/MG e se inscreverem. É preciso: NOME COMPLETO, RG, MASP e endereço.

O Sindpol/MG custeará os gastos com alimentação, deslocamento e estadia. É importante que o cadastro seja concluído até sexta-feira, dia 12/08/2016, às 16h.

Contato: (31) 2138-9898 / (31) 2138-9868 (Marisa – Shirley – Inspetor José Maria)

SINDPOL/MG
Sindicato ético, forte, de lutas e resultados.