Nota de repúdio

28 de novembro de 2018

O Sindpol/MG foi convidado pela Adepol, através de seu presidente Mário José Correia Santos, para uma reunião com o intuito de tratar de interesses da Polícia Civil. Ao participar da reunião, onde se encontravam os representantes das demais entidades de classe da PCMG, foi discutido a indicação de um delegado de polícia para chefiar à Instituição a partir de 2019, nome este que seria levado ao governador eleito Romeu Zema.

Os representantes das entidades de classe deixaram claro que este nome deveria ter um consenso entre todos os representantes de classe para ser levado ao futuro governador. Momento este em que foi explicitado por todos a dificuldade em que passa a Polícia Civil, insegurança e incerteza trazida através da imprensa sobre o ponto de vista do futuro governador a respeito do tratamento que será dado às forças de segurança do Estado. Foi lembrado ainda que as diferenças e conflitos classistas deveriam ser deixados de lado, e que as entidades de classe não deveriam se preocupar com o “próprio umbigo”, e que precisavam deixar a vaidade de lado, porque o momento agora é de união.

O Sindpol/MG e demais entidades representativas da PCMG deixaram claro, na reunião com todas as entidades de classe, serem contrários à Lista Tríplice devido ao momento, em razão da excepcionalidade que passa a Polícia Civil. Por esse motivo a Lista Tríplice não seria ideal, esse nome deveria ser escolhido em consenso.

A Lista Tríplice para indicação do Chefe de Polícia pode ser pensada no futuro, porém a mesma deverá ser votada por delegados, investigadores, escrivães, peritos, médicos legistas e administrativos da PCMG.

Mas, o Sindpol/MG e demais entidades de classe, foram pegos de surpresa, quando o Sindepominas publicou um edital de convocação para o processo seletivo de formação de Lista Tríplice para a indicação do novo Chefe de Polícia, em que somente os delegados poderiam votar. Diante desse quadro viemos a público protestar e dizer que não concordamos com tal proposta.

Entendemos que a forma correta é de que os delegados, investigadores, escrivães, peritos, médicos legistas e os administrativos da PCMG, votem pela indicação do novo Chefe de Polícia.

Na visão do Sindpol/MG a participação de todos que fazem parte da Polícia Civil de Minas Gerais seria um instrumento democrático e respaldaria a pessoa que ganhasse esse pleito, o momento futuro é de muita dificuldade, e não cabe o discurso de divisão. Sendo assim, o Sindpol/MG repudia a atitude de divisão da Corporação feita pelo Sindepominas. A escolha do novo Chefe de Polícia deve ser feita por todos os guerreiros que fazem parte da nossa gloriosa Polícia Civil de Minas Gerais.

E que o futuro governador precisa estar atento a essa propositura, e que o mesmo entenda que isso trará um ambiente de mais divisão e descontentamento, desestímulo para as demais classes da Polícia Civil.

José Maria de Paula “Cachimbinho” – Presidente do Sindpol/MG