Polícia Civil esclarece crime de morador de rua agredido no centro de BH

Polícia Civil esclarece crime de morador de rua agredido no centro de BH

Homicídio aconteceu no dia 15 de janeiro 

A Polícia Civil apresentou nessa sexta-feira (12/02), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Cristiano Barbosa dos Reis, o “Magrão”, de 35 anos, suspeito pelo assassinato do morador de rua José Januário da Silva, o “Índio”, de 57 anos.  O idoso foi assassinado, no dia 15 de janeiro, com vários chutes na cabeça enquanto dormia.

Segundo a Polícia Civil Magrão matou o Índio” porque ele atrapalhava o tráfico de drogas na região Central de Belo Horizonte. A delegada responsável pelas investigações, Dra. Ingrid Estevam, disse que Magrão é um traficante temido na região e costumava a se hospedar em hotéis e pensões do Centro da capital, ele passava drogas para moradores de rua, e depois recolhia o dinheiro nos pontos do tráfico.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Índio era usuário de drogas e alcoólatra, e quando estava sob efeito de entorpecentes ficava inconveniente, atrapalhando a venda de drogas, o que causou a ira de Magrão, que reclamou por diversas vezes, chegando a ameaçar o morador de rua.

A equipe de investigação chegou até o autor do crime após circularem pela região central e conversarem com várias testemunhas que apontavam Magrão como o autor do homicídio, além de analisarem por três dias, mais de 50 horas de vídeos de câmeras de segurança do Centro de BH.  Por meio dessas imagens os investigadores conseguiram ver Cristiano circulando entre os moradores de rua antes da morte de José Januário, inclusive levantando pedaços de papelão para ver o rosto de quem dormia no chão, mostrando que estava à procura de alguém.

Durante a apresentação do criminoso a imprensa o suspeito negou o homicídio, em um primeiro momento disse que não conhecia a vítima, mas, após várias perguntas dos jornalistas, afirmou que conhecia Índio desde a infância, caindo em contradição.

Cristiano Barbosa dos Reis tem passagem pela polícia por furto, roubo, falsidade ideológica, receptação e também é investigado por um homicídio cometido no dia 31 de dezembro do ano passado, assim como por uma tentativa de homicídio no dia 9 de janeiro deste ano, ambos no bairro Carlos Prates.

O Sindpol/MG parabeniza o trabalho de toda a equipe da Polícia Civil que participaram das investigações e colaboraram com a prisão de mais um criminoso.