Polícia Civil MG não aceita índice oferecido pelo Governo e delibera pela manutenção e intensificação da greve.

Polícia Civil MG não aceita índice oferecido pelo Governo e delibera  pela manutenção e intensificação da greve

Em Assembleia Geral da Categoria que foi caracterizada pela presença de aproximadamente 4.500 policiais, de todas as carreiras, que manifestaram de público sua presença e seu apoio e adesão ao movimento e que, usando apitos e narizes de palhaço, exteriorizaram sua indignação, contrariedade em relação a situação vivenciada pela Polícia Civil, de total abandono e indiferença por parte do Governo, que com uma proposição absurda, tentou debelar este legítimo movimento. Em sua proposta, o Governo apresentou o seguinte:
10% – Dezembro de 2011
12% – Outubro de 2012
10% – Agosto de 2013
15% – Junho de 2014
12% – Dezembro de 2014
15% – Abril de 2015

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Por unanimidade, os policiais recusaram tal proposta, denunciando que, realmente, este Governo faz tratamento diferenciado com os órgãos de Segurança Pública, privilegiando uns, destinando toda a atenção e alijando outro, relegando-o à indiferença, como é o caso da Polícia Civil. Outro assunto colocado em votação foi a retirada do DETRAN da estrutura organizacional da Polícia Civil, por se tratar de atividade meramente administrativa e arrecadatória, prejudicando o já parco efetivo da Instituição. A grande maioria votou favorável.

Durante a Assembleia houve contato da Chefia da Polícia informando de novas proposições do governo, quais sejam: elevação do índice de 7% para 10% e sua antecipação para outubro do ano em curso; foi colocado em votação e, por unanimidade, também foi rejeitada tal proposta e exigindo os policiais que o Governo nos trate com mais respeito e dignidade, recebendo os legítimos representantes para propostas que atendam às reivindicações contidas na pauta encaminhada anteriormente.

Mais uma vez o SINDPOL/MG e toda a categoria deixou claro que a luta não é restrita a salários, mas que busca também infraestrutura e condições dignas de trabalho, e tal proposta oferecida pelo Governo ignora nossa pauta discutida e deliberada no seio da Polícia Civil e não nos atende em nada neste sentido.

 

Polícia Militar
Foi recebida a informação de que a Polícia Militar havia aceitado o índice proposto pelo Governo, foi interpretada pelos policiais civis em assembleia, como normal (se realmente for esta a vontade e o desejo legítimo de todos os policiais e entidades representativas). Os bravos companheiros da Polícia Militar também merecem a atenção e a valorização por parte do Governo. Uma vez satisfeitos com tal proposta, agora é a vez da Polícia Civil ser atendida na sua pauta pelo Governador. Não há nenhum problema em ficar por último, mas exigimos sermos atendidos naquilo que peticionamos, cada organização e corporação têm suas peculiaridades e pautas próprias. A nossa reivindicação é diferente da reivindicação da Polícia Militar, por isso a categoria policial civil deliberou pela manutenção da greve em um movimento permanente , que vem se mantendo desde janeiro de 2011: VALORIZAÇÃO!

 

Comoção  e Solidariedade
Os policiais reunidos em Assembleia fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao companheiro Vladimir Batista Rocha, policial brutalmente assassinado há uma semana, vítima do salário de miséria, que não permite o sustento digno de sua família, forçando o policial a ter uma segunda jornada de subemprego para completar, com muito esforço,  seu orçamento familiar

 

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